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1.
Medicina (Ribeirao Preto, Online) ; 56(1)abr. 2023. tab, ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1442327

RESUMO

Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial, crônica e progressiva, que afeta parcelas consideráveis da população mundial e brasileira. Estudos mostram que sociedades e ambientes com maiores níveis de racismo estrutural podem desencadear maiores níveis de prevalência de obesidade nas suas populações marginalizadas. Assim, a maior vulnerabilidade das populações de etnia preta no Brasil, decorrentes do racismo estrutural e institucional instaurado, leva a maiores índices de sobrepeso e obesidade ocasionadas pela incapacidade de tais populações garantirem a segurança alimentar. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a evolução da prevalência do sobrepeso e obesidade nas populações da etnia branca e preta no Brasil, avaliando hábitos alimentares com potencial de promover a obesidade. Além disso, buscou-se relacionar o agravamento do IMC populacional no Brasil com a etnia e o racismo estrutural presente na sociedade brasileira. Método: Trata-se de um estudo descritivo de cunho transversal. Foram selecionadas 12 questões padronizadas do inquérito VIGITEL realizados nos anos de 2011 a 2020. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, e para comparação entre os grupos étnicos aplicou-se o teste T de Student. Resultados: Os resultados, de modo geral, evidenciam que indivíduos da etnia preta apresentam maior grau de IMC (Kg/m2) em comparação à etnia branca. Os dados de IMC entre as capitais brasileiras demonstram que tanto em 2011, quanto em 2020, as médias do índice avaliado foram maiores entre a população de etnia preta, apresentando 26,03 Kg/m2 e 27,07 Kg/m2 respectivamente, enquanto os indivíduos declarados brancos tiveram médias de 25,7 Kg/m2 e 26,45 Kg/m2 nos mesmos anos. O IMC médio nos anos de 2011 a 2020, de 25,99 Kg/m2para a etnia branca, e de 26,50 Kg/m2 para a etnia preta indicam sobrepeso no âmbito nacional. Ademais, o consumo médio de verduras e legumes foi inferior entre a etnia preta, a qual manifestou uma frequência alimentar maior no consumo de refrigerante ou suco artificial do que a etnia branca, apresentando, de um modo geral, uma alimentação de menor qualidade. Conclusão: O IMC médio e a prevalência de sobrepeso estão aumentando nas populações das capitais do Brasil, sendo tal aumento mais acentuado nas populações da etnia preta. Também se observou que as populações da etnia preta possuem uma alimentação de menor qualidade, quando comparado à alimentação da população de etnia branca (AU).


Introduction: Obesity is a multifactorial, chronic, and progressive disease that affects considerable portions of the world and Brazilian populations. Studies show that societies and environments with higher levels of structural racism can trigger higher levels of obesity prevalence in their marginalized populations. Thus, the greater vulnerability of populations of black ethnicity in Brazil, resulting from the structural and institutional racism established, leads to higher rates of overweight and obesity caused by the inability of such populations to guarantee food security. Objective: This study aimed to analyze the evolution of the prevalence of overweight and obesity in white and black populations in Brazil, evaluating eating habits with the potential to promote obesity. In addition, we aimed to relate the worsening of the populational BMI in Brazil with ethnicity and structural racism present in Brazilian society. Method: This investigation is a descriptive cross-sectional study. Twelve standardized questions from the VIGITEL survey were selected from 2011 to 2020. Data were analyzed using descriptive statistics, and Student's T-test was applied to compare ethnic groups. Results: The results, in general, show that individuals of the black ethnic group have a higher degree of BMI (Kg/m2) compared to the white ethnic group. BMI (Kg/m2) data for Brazilian capitals show that both in 2011 and 2020, the averages of the evaluated index were higher among the black population, presenting 26.03 Kg/m2 and 27.07 Kg/m2, respectively, while individuals declared white had averages of 25.7 Kg/m2 and 26.45 Kg/m2 in the same years. The average BMI in 2011 to 2020, of 25.99 Kg/m2 for the white ethnicity, and of 26.50 Kg/m2 for the black ethnicity, indicates overweight at the national level. In addition, the average consumption of vegetables was lower among black people, which showed a higher food frequency in the consumption of soft drinks or artificial juice than the white people, presenting, in general, a lower quality diet. Conclusion: The average BMI and the prevalence of overweight are increasing in the populations of the capitals of Brazil, being this increase more accentuated in the populations of black ethnicity. It was also observed that the populations of black ethnicity have a lower quality in their diet compared to the diet of the white population (AU).


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Brasil , Etnicidade , Índice de Massa Corporal , Prevalência , Comportamento Alimentar , Racismo , Obesidade/epidemiologia
2.
Demetra (Rio J.) ; 16(1): e53260, 2021. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1417767

RESUMO

Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar as mudanças na frequência de consumo de certos alimentos e indicadores relacionados aos fatores de risco à saúde na população brasileira. Método: Foram utilizados dados obtidos em pesquisas da VIGITEL dos anos de 2008, 2011, 2014 e 2017. O estudo selecionou variáveis relacionadas aos hábitos alimentares e indicadores de percepção de saúde, além de peso e altura, para o cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal), idade e anos de estudo dos entrevistados. Os dados foram analisados por meio de tabelas de frequências e procedimentos estatísticos específicos, como o teste t de Student, correlação de Pearson e a inclinação da regressão linear. Resultados: Os resultados sugerem que o IMC médio da população brasileira está aumentando, atingindo um valor médio de 26,32 em 2017. Observa-se também que os brasileiros avaliam sua saúde como positiva, embora a prevalência de diagnósticos de pressão alta, diabetes e dislipidemia tenha aumentado consideravelmente nos últimos anos. Indivíduos diagnosticados com pressão alta, diabetes ou dislipidemia apresentam frequência significativamente menor de consumo de feijão, vegetais, refrigerantes e álcool; e frequência significativamente maior de consumo de frutas. Os resultados também revelaram que o número de anos de estudo está associado positiva e significativamente com a frequência de consumo de vegetais, frutas, álcool e o hábito de trocar o jantar por lanches. Conclusão: Embora os hábitos alimentares dos brasileiros tenham melhorado, o aumento do número de diagnósticos de doenças não transmissíveis é preocupante e requer a adoção de políticas públicas de saúde.


Objective: This study aimed to analyze the changes in food consumption patterns and indicators regarding health risk factors in the Brazilian population. Method: The study analyzed data obtained from VIGITEL surveys in years 2008, 2011, 2014 and 2017. The study selected variables related to eating habits and health perception indicators, in addition to weight and height, to calculate the BMI (Body Mass Index), as well as age and years of schooling of respondents. Data were analyzed using frequency tables and specific statistical procedures as the Student's t test, Pearson's correlation and the linear regression slope. Results: The results suggest that the average BMI of the Brazilian population is increasing, reaching an average value of 26.32 in 2017. It is also observed that Brazilians evaluate their health as good, although the prevalence of diagnoses of high blood pressure, diabetes and dyslipidemia has increased considerably in recent years. Individuals diagnosed with high blood pressure, diabetes or dyslipidemia have a significantly lower frequency of consumption of beans, vegetables, soft drinks, and alcohol; and a significantly higher frequency of fruits consumption. The results also revealed that the number of years of schooling is positively and significantly associated with the frequency of consumption of vegetables, fruits, alcohol, and the habit of replacing dinner for snacks. Conclusion: Although nutritional habits of Brazilians have improved, the increased number of diagnoses of non-communicable diseases is worrying and requires the proper design of public healthcare policies.


Assuntos
Humanos , Índice de Massa Corporal , Sobrepeso , Comportamento Alimentar , Doenças não Transmissíveis/epidemiologia , Obesidade/epidemiologia , Brasil , Prevalência , Fatores de Risco , Indicadores Básicos de Saúde , Política de Saúde
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